É sabido que a palavra “overbooking” nasceu no mundo elitista da aviação.
Ou pelo menos é onde é mais utilizado…
É também sabido que a maioria das pessoas que trabalha nesse sector sente-se um degrau acima do comum dos mortais. Deve ser pela proximidade constante do céu… (nem todos, mas a maioria sim!).
Mas há coisas difíceis de assistir…
“Olhe já não temos lugar para si!”
Esta foi uma frase dita a alguns passageiros que compraram passagem e que como qualquer pessoa que compra um bilhete de avião, acha que vai viajar…
Pois nem sempre!
As companhias aéreas vendem bilhetes a mais, porque supostamente há sempre desistências…
(e as pessoas que se f#$& # aka lixem)
Há mil e uma explicações para o fazerem e ao que parece, até o podem fazer, estando protegidos por aquelas letras pequeninas que constam na compra de um bilhete.
Mas não deviam fazê-lo…
Não se faz.
A senhora estava pronta para embarcar e aquele senhor foi simpático a este ponto:
Ele – Olhe a senhora e estes senhores não podem entrar, porque já não há lugares!
Ela – Como? Mas eu comprei bilhete?
Ele – Ninguém disse que não comprou, mas não há mais lugares para passageiros.
(aquele miúdo (que não passa disso) todo inchado por vestir uma farda da TAP e só por isso a achar que media mais 5cm do que as pessoas a quem estava a dar uma chapada valente sem mão, teve esta conversa com o mesmo tom que o segurança do Trumps lhe deve dizer que ele ainda não tem idade para sair à noite!)
Ela – Mas não pode ser! Tenho tudo marcado… comprei a passagem 3 meses antes…
(a chorar… desesperada…)
Ele – Pode ser sim, essas informações estão disponibilizadas em todo o lado e um colega já lhe vem explicar.
(ele agarrou nas plumas e virou costas)
Ora bem…
O que dizer?!
Se realmente diz nas letrinhas em pequeno e se é “normal” acontecer, porque decidiram indemnizar/calar a senhora oferecendo 600 Eur do bilhete para ela voar no dia a seguir e ficar calada?
Não me digam que agora que a TAP é privada são todos uns fofinhos, daqueles bemmmm queridos que ofereçam um mimo à senhora…
E agora não digam por favor: preso por ter cão e por não ter!
Porque pelo percebido o transtorno que a senhora teve em não voar naquele dia, é bem maior que 600 Eur, inclusivamente não creio que lhe apetecesse ganhar a pilha de nervos que ganhou…
Agora só espero que no próximo recrutamento da TAP em vez de escolherem Ken’s e Barbie’s, escolham pessoas competentes!
Até porque nem todos engolimos um buda que nem o Heitor Lourenço (aqui) e isto a ser com pessoas bem mais difíceis de calar, dava um escândalo à séria e duvido que o Ken não levasse um rotativo na traqueia e mandasse um salto em flic flac à rectaguarda e acabasse em espargata!
Eu que tenho alguns amigos a trabalhar perto do céu, só vos digo:
“Ken’s e Barbie’s do meu coração! Muita calma nessa hora de estragarem os planos de uma pessoa! Ainda acabam em Alcoitão!”.