Vacinar ou não vacinar

Vacinar é o grande tema da actualidade pelos piores motivos.

Ontem de manhã quando soube da notícia da menina de 17 anos que tinha falecido manifestei-me no Facebook.

E o post era acima de tudo a lamentar a perda de uma vida com 17 anos, se leram repararam que o meu choque inicial foi esse, a perda de uma vida de 17 anos. Uma filha, uma (eventual) irmã, uma neta, uma amiga… enfim, uma vida. E isso custa-me nas entranhas.

Na altura desconhecia que a própria menina não tinha o plano de vacinação completo por motivos de alergias ou qualquer outro motivo do género. E como é óbvio, não incluo nesta minha opinião todas as pessoas que por motivos de saúde, não podem ser vacinados, é somente para todos os que o deixam de fazer por opção.

O que se sabe é que houve uma criança de 13 meses que deu entrada no Hospital de Cascais com sarampo e propagou a doença a alguns profissionais de saúde e a esta menina que estava lá internada.

A menina de 13 meses não é vacinada por opção dos pais.

E que a menina de 17 anos acabou por falecer.

E foi exactamente sobre isso que escrevi no Facebook.

No entanto, mantive algumas discussões acesas através de mensagens privadas com amigas/conhecidas minhas e os seus diversos pontos de vista.

E é por causa disso que decidi fazer este post.

Descobri que a maioria das minhas amigas e conhecidas não vacinam as suas crianças. Coisa que me chocou e muitooooo!

Descobri que o fazem convictas em estudos que leram na internet.

Que medooooo.

Descobri ainda que não têm a mínima dúvida que as vacinas fazem parte de um golpe para dar dinheiro a ganhar e que todas as vacinas “acordam” doenças.

E que se fossem obrigadas a vacinar, mudariam de país.

(sem comentários)

Gosto muito delas e se há coisa que prezo é a liberdade.

Quem me conhece sabe que a liberdade para mim é tão importante como pão para a boca.

Sabe ainda que não sou de seguir todos e quaisquer protocolos só porque sim.

Estou longe de ser a pessoa “tipo politicamente correcta” e sempre infringi, incumpri, desafiei e mais uma série de coisas.

Mas… alto lá!

Nenhuma das minhas escolhas ou decisões choca directamente com a saúde de alguém… isso não!

Saúde é uma coisa muito séria, não se brinca, nem se põe em risco só por convicção… Calma!

Mas também há pessoas que estão do outro lado da ponte neste assunto. Vou partilhar uma das mensagens de outra amiga:

“Eu por viver numa zona onde à muitas mães que têm essa moda fundamentalista, tive que tirar o meu rapaz da escola pública e pagar 570euros no privado onde me garantem que os meninos têm que ser vacinados.”

A vida tem preço, definitivamente que tem.

Volto a dizer: eu sou pela liberdade. A liberdade de todas as formas.

Mas acho que tem que imperar o bom senso e a consciência.

Eu estou muitas vezes em hospitais/clínicas, e tenho como já partilhei aqui no blogue, a saúde comprometida, não me apetece virar a boneca porque tenho uma criança a espirrar para cima de mim e a propagar-me com uma doença que podia ter sido evitada e pode bem ser fatal.

É só isso meus senhores e minhas senhoras.

Não querem vacinar? Ok!

Mas depois quando os sarampos da vida atacam, já os querem levar ao hospital!

É non sense, sabem disso não sabem?!

Mas a culpa não é dos pais que decidem não vacinar, não é.

A culpa é de um país sem regras… de um país totalmente à deriva.

Um país que me multa se eu conduzir sem cinto de segurança, alegando que está preocupado com a minha vida.

Um país que pode multar um adulto por colocar uma fotografia de uma criança menor de 18 anos nas redes sociais, alegando que está a proteger a mesma.

Um país que me obriga a vacinar o meu cão conta a raiva que está erradicada há mais de meio século, alegando proteção à saúde pública e ao próprio animal.

Um país que se preocupada com as pessoas e a segurança e saúde das mesmas…

E não há uma puta de uma lei que obrigue estes pais a vacinar os filhos.

A sério Portugal?

Marcelo, vai tirar uma selfie com os gajos que vagueiam pela Rua de São Bento e aproveita para lhe dares o toque sobre isto…

Os meus pais, ambos na casa dos 60 anos, acabaram há dias de ir levar vacinas e fazem-no conscientes da importância que isso tem para eles e para os outros.

Por isso, perdoem-me mas não compreendo e não aceito…

E como nota de remate 3 coisas:

1) Acima de tudo, lamento profundamente o que aconteceu a esta menina de 17 anos e à família dela.

2) O importante não é apontar dedos a ninguém, nem mandar matar ou crucificar alguém, mas é de uma extrema importância que casos destes não aconteçam mais.

3) E se quiserem a título egoísta, eu e todos aqueles que têm a saúde comprometida, agradecem que vacinem as crianças para evitar males maiores.

Obrigada!

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Maria Amélia ícone
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