“Estamos a dia 20 de Dezembro devíamos montar a árvore não achas?
Imagina que aparece aqui alguém…”
Disse-lhe ela com ar de desprezo para a época e para tudo o resto…
“Não sei. Se quiseres compro uma amanhã quando estiver a vir para casa e depois montamos juntos. Pode ser um programa giro!” respondeu ele cheio de esperança que tudo volte a ser como era na altura do liceu.
“Achas?!?! Claro que não. Amanhã nem sequer janto, já tenho planos.”
E com as lágrimas nos olhos ele foi para o quarto.
Quarto que era o de casal e que há tanto tempo é só dele.
Como tantas outras coisas que antes eram plural e hoje são singular.
Recorda-se do primeiro Natal que passaram juntos.
Aquele quando andavam no 9º ano e fizeram um piquenique a simular que passariam a consoada sozinhos.
Pastéis de bacalhau, batatas fritas, sumos, torta de chocolate.
Ele ofereceu-lhe uns brincos que ela usou durante anos.
Ela ofereceu-lhe uma camisola que ele ainda a tem.
Aquele foi o primeiro Natal de muitos juntos.
Ela prometeu-lhe amor, filhos e alegria.
Ele prometeu-lhe segurança, fidelidade e amor.
Ele cumpriu… ela não.
Juntos já não são um só, porque agora estão sós e não estão juntos.
Lindo!!!!!!
🙂
gostei muito deste texto.
Ja à espera do de amanhã!
Todos os dias até ao Natal 😉
Esperamos que a nossa história real seja o total reverso desta. Mas também não festejámos nunca um natal em conjunto (presencialmente). Para o ano tratamos disso. Por agora, resta-nos começar a preparar o porradão de anos em que vamos procurar fazer o reverso desta história. Obrigado pelo incentivo! Obrigado pelo “abre-olhos” de que na vida não se pode dar tudo (não se pode dar nada!) como garantido!
Beijinhos** E obrigada eu por estarem desse lado!