Andava para ir ver este filme desde que vi o trailer, mas o tempo não dá para tudo e então, só consegui vê-lo esta semana.
Quem ainda não viu o filme, pode ler a minha crítica porque não vou dar uma de spolier.
A história do filme é como o Tetris. Vai chegando às peças.
O brilhante Kenneth Lonergan soube bem como contar a história.
É triste, muito triste.
Não conseguimos ficar indiferente à medida que a história desenrola.
A maior parte do filme, tive as lágrimas a correr.
Casey Affleck (irmão do Ben Affleck) é o protagonista deste filme, faz de Lee Chandler, um homem vazio, apático, triste, sem um pingo de expressão facial. É porteiro, uma espécie de faz-tudo em Boston.
Um dia o telefone toca e recebe a notícia que o seu irmão, que sofria de uma doença cardíaca, morre.
E depois disso descobre que é tutor de um adolescente, o seu sobrinho Patty.
A história é essa e seria fácil se fosse só assim, mas não é.
Todos nós temos um passado. Uns com histórias felizes, outros nem tanto.
Todos nós cometemos erros na vida. Uns com remédio, outros que nunca se ultrapassam.
E todos nós somos aquilo que a vida nos faz. Por isso, Lee Chandler representa aquilo que a sua história lhe deixou como herança.
O resto vão ver. Vale mesmo a pena.
Acho que Casey Affleck faz o seu melhor papel de sempre, acredito que a partir de agora vá ser visto com outros olhos.
Gostei muito do personagem interpretado por Lucas Hedges (Patrick Chandler), o sobrinho do Lee, onde mostra bem o que é a adolescência e a guerra das hormonas saltitantes inerentes a essa fase da vida. Há diálogos hilariantes entre eles os dois, onde as balizas são o humor e a ironia.
E apesar de não ser uma personagem constante no filme todo, Michelle Williams oferece-nos momentos emocionalmente muito fortes e crus.
A fotografia do filme é muito boa, a banda sonora marcante e acho que os directores de casting mereciam um prémio, porque escolheram na “mouche” os actores para cada papel.
Apesar de ter estado nomeado em cinco categorias nos Globos de Ouro (Melhor Filme na Categoria de Drama, Melhor Actor Principal para Casey Affleck, Melhor Actriz Secundária para Michelle Williams e Melhor Realização/Melhor Argumento para Kenneth Lonergan), apenas Casey Affleck levou (muito merecido) para casa o troféu.
Quanto aos Óscares, o Manchester By The Sea está nomeado para:
Melhor Filme
Melhor Realizador
Melhor Actor Principal
Melhor Actor Secundário
Melhor Actriz Secundária
Melhor Argumento Original
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