É certo que nem sempre as coisas correm como desejamos e planeamos.
Também é certo que a vida não é totalmente controlável.
Mas também é certo que não conseguimos evitar tudo e que temos a capacidade brutal de nos adaptarmos a situações imprevisíveis.
É claro que o ideal seria vivermos em pleno, sem sustos e medos, mas sabemos que é apenas o ideal e longe de ser o real.
Já disse várias vezes aqui no blogue que adoro viajar.
Que retiro das viagens a melhor aprendizagem de vida.
De todas as viagens trago lições para a vida e pessoas no coração.
Vou sempre, mas sempre disponível para a partilha e conhecimento.
Não me resigno aos “picar pontos” dos sítios turísticos, nem viajo para mostrar aos outros que o faço, como dizia, creio, o Eça…
Viajo porque desde pequena que olhava para o Atlas e sentia que pertencia ao mundo todo.
Se pudesse fazia das viagens a minha vida.
E repito, e não era para me “gabar” do que vejo, era para me encher a alma, era para viver como os que vivem lá.
Eu viajo para me sentir do mundo todo, porque sinto que não faço parte de lado algum, mas sim de um todo.
Gostava que não houvessem atentados, acidentes, azares, catástrofes naturais e todas as outras coisas que nos colocam em perigo.
Mas existem e fazem parte.
Tenho medo, assumo sem qualquer problema que tenho.
Já apanhei alguns sustos, já vivi muitos medos, já temi o pior, já chorei, já pedi muitas vezes ajuda superior, mas também já aprendi a dizer amor em várias línguas, já senti abraços de gentes maravilhosas, já vi mares de todas as cores, já comi coisas que nem sei como se chamam e, sobretudo, aprendi que o medo nunca me vai limitar.
E por isso já estou a preparar a próxima viagem!
Porque não, não vou deixar de viajar.
♥
Créditos da fotografia:Freddy Marschall