Eu prefiro dizer obrigada, do que questionar a falta de … Amor!

No outro dia conheci uma rapariga que criei logo uma empatia com ela.

Há pessoas assim, que falam a mesma língua que nós.

Estávamos as duas na mesma reunião.

No fim, bebemos um chá juntas e batemos umas bolas.

Ela, tal como eu, produz conteúdos para o online, mas mais focada em video (Youtube).

E como já se sabe, quando se juntam duas almas da mesma área, só se fala no mesmo…

Como está a correr? Onde sentes mais dificuldades? Têm-te pago?

E deparei-me com uma realidade demasiado óbvia, para que nunca tivesse tomado consciência dela.

Ou talvez já tivesse tomado, mas preferia “mascarar” com desculpas…

Então, ela disse-me, que quando começou a criar conteúdos tinha uma rede de contactos gigante.

Tinha conta na maioria das redes sociais, fazia parte de inúmeros grupos do Whatsapp, enfim, estava “em rede” como se costuma dizer.

Então, tudo parecia mais simples. E foi um dos motivos que a fez largar o emprego antigo e arriscar no seu novo projecto.

Ou seja, pela lógica se tens uma rede grande de contactos, se tens presença forte na maior parte das redes sociais “da moda”, obviamente quando lanças um projecto online, vais ter imensos contactos que te vão ajudar a crescer e logicamente a alavancar mais e mais contactos.

Até porque, quem não faz parte de um grupo de Whatsapp que passa o dia a partilhar disparates?

Esse mesmo grupo, pode ser um canal de partilha para projectos dos amigos… certo?

Parece simples não é? Pois, mas a realidade está longe de ser essa…

Inexplicavelmente o processo não é nada assim.

Por algum motivo, que suscita muitas teorias (as quais não me apetece partilhar), a “nossa rede” é a que menos nos ajuda a crescer.

Mesmo que não lhe estejamos a pedir dinheiro, nem um rim emprestado, nem sequer uma chamuça, a coisa simplesmente não acontece.

Só isso, não acontece! Os nossos contactos, os nossos amigos, os nosso conhecidos, simplesmente não querem e não o fazem.

E como nunca nos dizem o motivo, nunca sabemos se não gostam do nosso trabalho, se até gostam mas não querem partilhar ou se simplesmente querem que nos vamos roçar nas urtigas mais altas que encontremos.

Confesso que fiquei a pensar nisto e dei-me ao trabalho de ver as pessoas “da minha rede” que me deixam um misericordioso like, que num rasgo de loucura até me partilham com os amigos deles..

E aqueles que estando mesmo muito bêbedos e fazem um valente bar aberto de partilhar o meu trabalho com o mundo dizendo para irem lá todos “botar” um like

A conclusão que cheguei não é a mais feliz de facto… Nem feliz e até no sense

Digo “no sense”, porque é nos amigos que nos vamos inspirar para projectos novos, são eles que nos empurram, que nos dão força, que nos dizem que fazemos um trabalho do cara…ças!

E afinal, se fazemos like às Kardashians, às notícias do CM, e às pernocas do CR7, porque não fazer isso aos amigos? Porque não ajudá-los a crescer com um mísero clique?!

Basta isso… um clique. Um like, uma partilha…

Por isso, fico muito confusa e até assustada com a triste e enigmática realidade.

Mas, ao falar com uma amiga minha que tem um negócio em loja física, ela explicou-me que tem muitos clientes, mas que a família ou amigos raramente lhe sujam o tapete da loja, por isso, já me conformei que a “nossa rede” afinal são mesmo os desconhecidos…

O mundo é mesmo assim. Estranho. Individual. E mais uma série de coisas que não gosto.

Mas eu prefiro agradecer a todas as pessoas que mesmo não fazendo parte da “minha rede”, me dão do seu tempo ao me ler.

Me deixam o seu like nas minhas fotografias e me partilham com os seus.

Mesmo não entendendo o que faz essa inibição estranha, essa postura obscura, há uma coisa que eu sei…

Que todos precisamos de todos. Que andamos todos de mão dada.

Talvez o que falte mesmo é Amor!

 

Créditos da fotografia: Duy Pham

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Maria Amélia ícone
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