O melhor e o pior do meu 2017

Começo já por dizer que temo o tamanho que este texto possa ficar, mas vou tentar ser objectiva.

Escrever o que foi o melhor e o pior do meu 2017 vai obrigar-me a mexer em muitas feridas.

Foi talvez um dos anos mais duros da minha vida (tirando, obviamente, o ano de luta da minha doença).

Mas foi também um ano de aprendizagem e crescimento.

O ano começou da pior maneira.

Começou com a partida de alguém muito especial para mim.

Foi e é uma dor que carrego ao longo de todo o 2017.

E assim continuará, porque há dores que são como pessoas.

Eternas de tão especiais que são.

Os meus lutos são assim.

São longos, são doridos, são das entranhas, de ler tudo o que trocámos, de ver fotografias, ouvir as músicas, de chorar…

Não consigo virar a página com grande leveza e prefiro viver o que sinto no momento que sinto.

Não consigo simplesmente dizer adeus, sem tentar agarrar tudo o que consiga.

E isso passa por continuar a alimentar a minha memória na tentativa de nunca sentir a morte da pessoa.

Depois o ano continuou e tive a realização de um sonho que infelizmente se tornou no meu maior pesadelo e me fez sofrer horrores.

E esta foi sem dúvida a maior lição que aprendi em 2017.

Aprendi (da pior forma) que ninguém quer mais o nosso bem do que o deles próprios.

E que puxadelas de tapetes, daqueles que nunca nos deveriam puxar, doem muito mais.

Deixam marcas para uma vida inteira, mas servem como uma grande lição para a vida.

Portanto estas foram as duas situações que mais me perturbaram (e perturbam) em 2017.

O resto não tem qualquer importância para entrar neste texto.

São apenas ruídos, ruídos pequenos.

Agora coisas boas!

Foram tantas, mas tantas.

Nem sei bem por onde começar.

A minha gata aprendeu a dizer mãe!

Ahahahaha

Não foi isso, mas quase!

Este ano foi o ano que mais viajei.

Em Portugal voltei a sítios onde fui tremendamente feliz.

A (minha… vai ser sempre minha) Costa Vicentina continua linda que só ela.

Fátima irradia aquela magia que já sabemos e consegui partilhar com ela o dia mais bonito que tive este ano.

E o Algarve tem aquele verão único.

Também foi o ano que conheci sítios totalmente singulares!

Fui à Suíça e maravilhei-me com a neve.

Estive na Suécia e só vi pessoas bonitas.

Nas Bahamas desfrutei do sol.

Conheci a Dinamarca e quis ficar lá a morar.

Fui à Jamaica… três vezes.

Sim, três!

E ao México duas!

Tive o Irma a tocar-me nos calcanhares.

E um medo desgraçado do José.

Pisei pela primeira vez a Rússia e fiquei rendida.

Conheci as Ilhas Cayman e adorei.

Assisti a um velório surreal na Estónia.

Voltei à Alemanha com a certeza que voltarei outra vez.

Estive em Miami e fiz compras como se o mundo fosse acabar.

(e não me envergonho disso)

Conheci sítios lindos e pessoas espantosas.

O mundo é a coisa mais perfeita que há.

Cada canto com a sua particularidade, sua história, seu ritmo.

E eu sou uma privilegiada por conseguir desbravar tanto deste mundo.

Desejo que a saúde não me largue e que me permita continuar de mapa na mão.

2017, apesar de me ter dado umas lições duríssimas, permitiu-me momentos indiscritíveis e únicos.

Mas tudo o que passei em 2017, tanto o menos bom, como o muito bom, teve sempre um sabor mais especial por ter a minha metade comigo.

Pode parecer cliché, mas às vezes a mochila é pesada demais para carregar sozinha.

E já a carreguei muitos anos sozinha, sei bem o que custa carregá-la.

Sabe bem aliviar o peso.

Sabe bem, colocar a mochila no chão, respirar fundo, encostar a cabeça no ombro e respirar.

E isso aconteceu muitas vezes em 2017, no ombro certo.

 

Créditos da fotografia: Johannes Hofmann

 

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One Reply to “O melhor e o pior do meu 2017”

  1. […] já partilhei (aqui) o melhor e o pior do meu 2017 por isso não me quero […]

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